Estou vendo um fenômeno que não imaginava fosse acontecer com essa newsletter, vejo pessoas assinando o The Design Edition porque leram sobre em outras publicações dentro do Substack mesmo, ou por algum texto publicado no Medium - Bem vindos!
Perspicaz como sempre, grande LUCCA. Sempre é bom ler seus textos, que trazem as coisas preto no branco. Muitos designers seniores começaram a deixar o 'craft' de lado porque era a única maneira de subir de nível no contexto organizacional e se tornar um manager. Esse não é um problema único no contexto brasileiro; até no exterior, aqui na Noruega, tenho conversado com muitos profissionais da área que reclamam que os designers mais seniores passaram a focar menos na produção de artefatos e mais em subir de cargo.
Além disso, vejo que esse é também um grande problema para nós, líderes. Muitos projetaram suas carreiras dentro das empresas de maneira errada. Fala-se muito sobre a carreira em Y, mas, na prática, isso não funciona. Os designers que focam no tal ‘craft’ e, quando decidem se dedicar a uma carreira técnica, não tardam a entrar em um plateau do conhecimento e não veem mais evolução técnica.
Oi Al Lucca, ontem li seu post no linkedin, não conhecia você, suas ideias nem o Semafor. Adorei o texto, me subscrevo aqui e no Semafor que achei sensacional em conteúdo e design.
Tenho 56 anos, me formei em design em 1989, antes da existência do computador, fazíamos tudo na mão, o bom e velho craft.
As corporações pensam que o craft é baixo escalão. Mas isso é mito. A questão é que nós, designers, pensamos a partir do craft, e essa forma de pensar e ver o mundo, esse mindset, faz toda a diferença.
Planilhas, orçamentos, planejamentos, contratos, negociações, gestão, relacionamentos, business, resultados, tudo isso também é craft.
Eu acho que as corporações do século XX foram moldadas por engenheiros tayloristas com pensamento de escala industrial, mas no XXI devem ser de escala humana e moldadas por designers
Prazer Nei. Eu acredito que a culpa não é somente das "corporações" mas de "designers" que viraram líderes e vieram com regras que o craft não tem valor, quem nunca ouviu - foque no processo, não me interessa visuais bonitos no seu portfolio - temos uma geração inteira que caiu nessa falácia.
Que texto acolhedor, ainda iniciando na carreira um gestor comentou comigo se um dia eu estaria pronto pra me desfazer da criação e mexer somente em planilhas e reuniões , isso sempre me incomodou, pq eu amo o ‘craft’ acredito que não conseguiria deixar essa parte do design.
Perspicaz como sempre, grande LUCCA. Sempre é bom ler seus textos, que trazem as coisas preto no branco. Muitos designers seniores começaram a deixar o 'craft' de lado porque era a única maneira de subir de nível no contexto organizacional e se tornar um manager. Esse não é um problema único no contexto brasileiro; até no exterior, aqui na Noruega, tenho conversado com muitos profissionais da área que reclamam que os designers mais seniores passaram a focar menos na produção de artefatos e mais em subir de cargo.
Além disso, vejo que esse é também um grande problema para nós, líderes. Muitos projetaram suas carreiras dentro das empresas de maneira errada. Fala-se muito sobre a carreira em Y, mas, na prática, isso não funciona. Os designers que focam no tal ‘craft’ e, quando decidem se dedicar a uma carreira técnica, não tardam a entrar em um plateau do conhecimento e não veem mais evolução técnica.
Obrigado querido! Vc foi parar na Noruega?! 😮
Sim, vim parar aqui fazendo projeto de design na indústria marítima.
Oi Al Lucca, ontem li seu post no linkedin, não conhecia você, suas ideias nem o Semafor. Adorei o texto, me subscrevo aqui e no Semafor que achei sensacional em conteúdo e design.
Tenho 56 anos, me formei em design em 1989, antes da existência do computador, fazíamos tudo na mão, o bom e velho craft.
As corporações pensam que o craft é baixo escalão. Mas isso é mito. A questão é que nós, designers, pensamos a partir do craft, e essa forma de pensar e ver o mundo, esse mindset, faz toda a diferença.
Planilhas, orçamentos, planejamentos, contratos, negociações, gestão, relacionamentos, business, resultados, tudo isso também é craft.
Eu acho que as corporações do século XX foram moldadas por engenheiros tayloristas com pensamento de escala industrial, mas no XXI devem ser de escala humana e moldadas por designers
Prazer Nei. Eu acredito que a culpa não é somente das "corporações" mas de "designers" que viraram líderes e vieram com regras que o craft não tem valor, quem nunca ouviu - foque no processo, não me interessa visuais bonitos no seu portfolio - temos uma geração inteira que caiu nessa falácia.
Que texto acolhedor, ainda iniciando na carreira um gestor comentou comigo se um dia eu estaria pronto pra me desfazer da criação e mexer somente em planilhas e reuniões , isso sempre me incomodou, pq eu amo o ‘craft’ acredito que não conseguiria deixar essa parte do design.
Confesso que apenas ao ler reparei que era você Lucca, ótimo saber que ainda faz conteúdos. Saudades do Ex Pátria.