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Filipe Nzongo's avatar

Perspicaz como sempre, grande LUCCA. Sempre é bom ler seus textos, que trazem as coisas preto no branco. Muitos designers seniores começaram a deixar o 'craft' de lado porque era a única maneira de subir de nível no contexto organizacional e se tornar um manager. Esse não é um problema único no contexto brasileiro; até no exterior, aqui na Noruega, tenho conversado com muitos profissionais da área que reclamam que os designers mais seniores passaram a focar menos na produção de artefatos e mais em subir de cargo.

Além disso, vejo que esse é também um grande problema para nós, líderes. Muitos projetaram suas carreiras dentro das empresas de maneira errada. Fala-se muito sobre a carreira em Y, mas, na prática, isso não funciona. Os designers que focam no tal ‘craft’ e, quando decidem se dedicar a uma carreira técnica, não tardam a entrar em um plateau do conhecimento e não veem mais evolução técnica.

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neizuzek's avatar

Oi Al Lucca, ontem li seu post no linkedin, não conhecia você, suas ideias nem o Semafor. Adorei o texto, me subscrevo aqui e no Semafor que achei sensacional em conteúdo e design.

Tenho 56 anos, me formei em design em 1989, antes da existência do computador, fazíamos tudo na mão, o bom e velho craft.

As corporações pensam que o craft é baixo escalão. Mas isso é mito. A questão é que nós, designers, pensamos a partir do craft, e essa forma de pensar e ver o mundo, esse mindset, faz toda a diferença.

Planilhas, orçamentos, planejamentos, contratos, negociações, gestão, relacionamentos, business, resultados, tudo isso também é craft.

Eu acho que as corporações do século XX foram moldadas por engenheiros tayloristas com pensamento de escala industrial, mas no XXI devem ser de escala humana e moldadas por designers

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