Substack vs Twitter vs Posts
O Substack foi criado em 2017, eu comecei a publicar conteúdo nessa plataforma em 2019. Acabei aqui porque na época tinha acabado de entrar na Axios e newsletters eram o nosso carro-chefe por lá, daí o meu interesse nesse medium. Tentei manter uma cadência na publicação de novos textos, mas não adianta, o dia-a-dia sempre acha um jeito de mudar nossos planos.
Gosto da simplicidade do produto, mas acho ainda mais interessante como eles planejam um futuro onde subscribers convivem em uma “rede” controlada, onde não existe espaço para venda de anúncios, venda de dados pessoais… E nessa semana que passou (Abril, 2023) o Substack anunciou o Notes, eles mesmos chamaram essa nova funcionalidade como uma espécie de rede social, mas com um jeito mais de comunidade fechada, pois só será acessível por quem publica e consome conteúdo na plataforma.
Notes irá dar a possibilidade de recomendar praticamente tudo, posts, quotes, comentários, imagens e links. O objetivo é fomentar conversas que inspirem, enriqueçam e divirtam, e ao mesmo tempo criar uma ferramenta de crescimento aos autores.
O texto completo pode ser lido aqui (em inglês)
Será que a decadência de Facebook, Twitter… realmente vai abrir uma brecha para plataformas com mais “intenção” de interação entre pessoas e menos curtidas, que por sinal foi a idéia original das redes sociais?
O criador do “scroll infinito” acabou de publicar um episódio onde ele toca no assunto de como a idéia de algo acaba completamente usurpada da sua origem por causa da corrida ao engajamento, competição e retorno econômico.
Acho difícil, eu mesmo estou sempre no Twitter e não consigo ver outra plataforma substituindo o porque eu uso Twitter. Consegui acesso ao Posts, do pessoal do Read.cv, mas não acho que irá além de uma rede social de nicho. Só vemos designers lá dentro e a coisa fica meio (total) chata. 🤷🏻♂️
Voltando ao Substack
Eles anunciaram um round de investimento aberto aos autores da plataforma, a história contada na venda da idéia foi super interessante, faturamento, investimento, número de autores e leitores, tudo lindo. Mas hoje vimos um artigo do Dan Primack falando sobre o lado obscuro dessa iniciativa - leia aqui - dúvidas a parte, eu acredito nessa plataforma e entrei no jogo de investir neles. Mas me sinto em conflito, porque ao mesmo tempo que vejo valor em gastar meu tempo em conversas mais significativas, também gosto da imensidão de assuntos e dramas que acontecem no twitter. Vamos ver, quem viver verá!
Não esperava essa reação
Compartilhei esse post no LinkedIn e parece óbvio o descontentamento do pessoal com a nosso própria industria de gurus de post-its na parede.
Essas idéias de comunidades fechadas só funcionam se tivermos uma massa crítica mínima, então vai lá e compartilha essa newsletter com colegas, amigos, etc… vamos criando tudo isso juntos, na base do experimento. Obrigado!!