Sempre fui intrigado sobre comunidades para profissionais, acho muito mais interessante do que eventos, porque na minha opinião, a única coisa que serve de eventos é a chance de networking, ou seja, justamente o que mais temos em uma comunidade.
Mas criar comunidades que funcionam é extremamente difícil, por diversos fatores, por exemplo, como balancear necessidades de juniors, com mid-levels, com seniors, com executivos? Como criar um ambiente seguro para compartilhamento de experiências mas sem virar um gatekeeper de quem entra e quem não entra? Como limitar interações para evitar barulho e conversas inúteis? E questões mais operacionais, qual plataforma usar? virtual, presencial? Além da grande pergunta, é possível fazer tudo isso sem custos?
Vi no Linkedin um cara que organizava os fantásticos jantares do tempo da Invision que depois passou pela OnDeck e hoje está como uma nova proposta de comunidade para designers chamada Coho. Ele estava contando de como é difícil gerenciar uma comunidade que faça sentido de existir. Eu não tenho a experiência dele, mas tenho um projeto na gaveta há anos que um dia eu adoraria colocar em prática, mesmo levando em conta que a minha única experiência com comunidades até hoje foram falimentos totais ou algo extremamente informal como um pequeno grupo no WhatsApp.
Como seria uma comunidade ideal na minha concepção
Pequenos grupos: Conforme pessoas entram nesses grupos, as comunidades começam a perder relevância e utilidade, e o que era para ser informação acaba virando ruído. Manter um número pequeno de membros é essencial, talvez grupos pequenos dentro um grupo maior.
Mas é essencial costurar algo para cada nível, a disponibilidade de tempo, os interesses, as responsabilidades, etc… são muito diferentes entre um jovem que está começando e alguém que esta em uma posição de liderança e já mais com mais idade.
Benefícios: Uma comunidade que ajuda você a se conectar com alguém de uma empresa que tem uma vaga que você quer, ou você precisa de uma 1:1 com alguém em específico. Um banco de profissionais verificados para quem esta contratando. Acesso a descontos(?), coisas to tipo, benefícios reais.
Networking presencial: Networking é provavelmente o item mais valioso de uma comunidade, mas precisa ser algo em tamanho e ambiente controlados, por exemplo os jantares que a Invision fazia, 10-14 pessoas somente ou um evento que tive a sorte de participar onde 20 designers foram para um lugar espetacular no meio do nada, isolados por 3 dias tendo conversas moderadas em tópicos pré selecionados, nada de palestras e slides, somente conversas.
E pra manter isso? Cobrar assinatura, moderadores, facilitadores, vários detalhes que precisam ser definidos, vou aproveitar e fazer uma pesquisa com vocês queridos leitores, segue o link abaixo, e se puder, compartilhe com colegas.
→ Participe da pesquisa sobre comunidades, please 🙏🏻
Ou talvez não precisamos de nada disso? Seria a nossa roda de amigos e colegas de trabalho a comunidade que precisamos e ficamos com um Linkedin da vida para nos conectar com os profissionais da nossa área 🤷🏻 — Não sei. Vamos ver o que sai da pesquisa (link acima) e terei melhores respostas pra vocês.
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The Design Edition tem materiais nos seguintes formatos:
🎧 The Design Edition podcast (2018 - 2021)
👨🏻💻 Casos Reais de Design (vídeos)
🏷️ Mapeamento de Carreira (Google Sheet)
🚦Resumo semanal do que é importante no mundo das Startups, assine o Pitch Presss.
Abraço e até a próxima
Al Lucca - vamos nos conectar lá no Linkedin
Al Lucca, as comunidades só não funcionam quando há muitas pessoas que se acham estrelinhas (Rock Stars).
Eu acredito que sou me tornei um designer melhor quando comecei a participar de comunidades de design dentro e fora do Brasil.
Eu fui o fundador do UX Café que em pouco tempo havia se tornado o Meetup mais concorrido de São Paulo. Na época, nosso foco era qualidade e menos em quantidade. A gente só convidava pessoas que tinham experiencia prática em Design para evitar os palestrinhas.
Mais tarde eu projetei as interface de um conceito daquilo que seria o futuro do UX Café trazendo exatamente algumas ideias que você mencionou nesse seu projeto. Se quiser trocar ideia sobre avisa-me, podemos colaborar juntos nisso.
Eu gosto da ideia de comunidades e venho criando diferentes tipos desde a época do Choco La, e o maior aprendizado é exatamente o seu primeiro tópico: comunidade pequena é melhor. Quando muita gente entra, perde relevância, foco e a coisa desanda.
Alguns meses atrás eu abri uma comunidade de craft para no máximo 15 pessoas cobrando uma mensalidade e lotou em poucas horas. Infelizmente desfiz na mesma velocidade que criei por conta de problemas pessoais. Mas percebi que tem MUITA gente querendo fazer parte de algo quando a pessoa por trás tem alguma relevância e oferece benefícios como esses que você propôs.
Particularmente, eu pagaria para fazer parte de uma comunidade se parte desse investimento tivesse um retorno claro em formato de conteúdos exclusivos ou conversas com pessoas super interessantes que é difícil de encontrar na internet.
E acredito também que entraria somente em alguma onde as pessoas já tivessem bastante experiência. Então a ideia de grupos dentro de grupos pode ser uma saída interessante para segmentar um pouco as discussões. Meio que uma estrutura de ordem iniciática...
Também estou disponível pra trocar uma ideia por call ou no wpp!
Grande abraço.